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O que precisa ser mudado na política???


Vemos que muitas ideias e propostas de lei prometem trazer incríveis benefícios à sociedade, mas muitas vezes, nem quando são aprovadas em assembleia (geralmente muito modificadas da sua versão original, é verdade) alguma coisa muda.


Mas o que é preciso fazer para que as políticas funcionem? O que está dando errado? Será que não temos pessoas preparadas nos representando? Seria o problema então a índole destes representantes? Mas não fomos nós que os colocamos lá?


Estas são inúmeras questões que "volta e meia" as pessoas tentam responder. Evidentemente não serei eu que trarei as respostas. O que trago é uma opinião reflexiva. O modo como a política está organizada favorece a permanência de um sistema corrupto que se retroalimenta. Vemos os políticos votando(como postos de gasolina no cartel) em favor de aumentar seus "modestos" salários. E o mais curioso é que aqueles políticos que são contra isso, quando chegam no governo, como se fossem envenenados, fazem exatamente o mesmo.


Acredito que algumas medidas são obrigatórias para que isso se termine, ou pelo menos se atenue. Algumas coisas são muito óbvias, outras respondem simplesmente o fato de não serem contra ao que o próprio político/partido ou ideologia social vigente propõem.


Como ser a favor da sustentabilidade e despejar “santinhos” no chão de maneira irracional? É disso que estou falando. Mas voltando às medidas acredito que algumas coisas são fundamentais e deveriam ser repensadas para "ontem":


1) Em primeiro lugar, visando garantir ou minimizar a existência de representantes desqualificados, precisamos de políticos que tenham minimamente frequentado o ensino superior. Não é uma questão elitista, é uma questão de ter condições de conseguir transferir as necessidades da população às ações que melhorarão a vida destas. Não é uma tarefa fácil. Levantar as demandas é fácil. Pensar em ações eficientes, eficazes e efetivas é outra coisa;


2) Pensar em um modo que garanta a representatividade não somente na hora de escolher este político (que é a votação, considerando-a neste caso como se ela ocorresse da melhor maneira possível –isso é outro assunto-), mas durante sua participação no mandato. A ideia de um candidato a deputado estadual recentemente oxigenou a velha lógica, pois, segundo sua proposta, as votações em assembleia serão definidas pela votação dos seus eleitores, garantindo um melhor direcionamento aos reais interesses da sociedade bem como imparcialidade nas decisões. É mais difícil 1000 pessoas (seus representantes) serem corrompidas do que uma (o próprio deputado neste caso);


3) Terminar com as coligações partidárias, e com o sistema de “puxar” candidatos. Isso vai contra toda e qualquer ideologia democrática. A votação de Tiririca foi capaz de eleger 4,5 deputados, portanto garantiu ele e mais 3,5 deputados que não se elegeriam se não fosse isso. Tudo bem que ele tenha sido eleito por uma tentativa de protesto ignóbil, mas foi vontade destes eleitores. O problema são estes indivíduos “puxados” que não representam o real interesse do povo, portanto, não deveriam estar lá representando o povo (óbvio não?);


4) Outra questão é a mudança repentina de candidaturas após o político ser “pego” pelo ficha limpa. É ridículo o político ladrão poder deixar a vaga e no seu lugar entrar sua esposa (ou o contrário). Isso é brincar de marionete de maneira escrachada. Você vai me dizer: - Ahh mas você pode escolher quem quiser! Eu lhe respondo que muitos fatores influenciam nessa mascarada democracia. Afirmo isso lembrando que: a) Nem todos tem acesso as mídias informativas; b) Nem todos compreendem a influência de uma ação destas à democracia; c) As mídias locais muitas vezes mascaram os reais motivos destas “trocas” de candidatos, sendo algumas destas, inclusive, comandadas formal ou informalmente pelos próprios partidos, quando não por famílias “tradicionais” de determinadas regiões (dando continuidade ao velho patrimonialismo); d) A dependência de indivíduos e famílias às políticas assistencialistas tiram o real poder do voto, pois, àqueles que não tem o que comer e dependem de uma política como esta tendem a manter o governo atual. Isso se efetiva ainda mais quando as propagandas políticas chantageiam estes indivíduos em vulnerabilidade. Adianto que este aspecto é grave, indo de encontro a qualquer preceito ético, pois tira a autonomia e poder de escolha destas pessoas, que acostumadas a nunca terem nada, acham que uma política assistencial é um “favor” e não uma obrigação do Estado (obrigação nestes casos específicos que me refiro);


5) Mecanismos de propaganda eleitoral devem ter duas prerrogativas obrigatórias: a) no caso da televisão e rádio, devem ter o tempo dividido igualmente entre os partidos e b) ser o mais sustentável possível. O desequilíbrio no tempo da mídia enfraquece a democracia. Referente à sustentabilidade, como pode um político prezar pela natureza e poluir a natureza. Isso é simplesmente ridículo e contraditório. Estas práticas deveriam ser criminalizadas. Aproveitando o ensejo, um novo e extenso tópico deveria ser destinado a improbidade administrativa, mas fica para a próxima.


Enfim, eu poderia escrever muitos outros aspectos importantes, mas estes são tão óbvios e necessários, que se fossem corrigidos, melhorariam muito significantemente a gestão pública e mecanismos políticos atuais.

Espero que tenham gostado

Até a próxima!

Paulo Sérgio

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